domingo, 27 de março de 2011

Raízes

              Já reparou que quando observamos uma árvore sempre miramos o seu topo, seus galhos mais frondosos, as flores que desabrocham...os frutos? Mas nunca - ou quase nunca - olhamos pra seu caule, pras raízes que aparecem rasteiras, tímidas. É o normal. Afinal, o resultado final do crescimento está ali, acima. Em se tratando de árvores, tudo bem. Mas esse hábito não deve ser transferido a nós, meros humanos.
              Uma dos piores defeitos que alguém pode cultivar é deixar de valorizar suas raízes, o que lhe sustenta. Valorizar é reconhecer, é dar mérito, é agradecer, é se orgulhar do caminho traçado, das pessoas que fizeram e/ou fazem parte dele. Mas não quero julgar ninguém, até porque é fácil ser vítima desse egocentrismo nato que vem de brinde, direto da loja que se fabrica gente. Mas utilizar-se desse 'brinde' ou não é questão de opção.

         Eu, particularmente, considero meus pais como meus pilares. São minhas raízes, meu caule, são eles que me nutrem, que me erguem, que me dão a base; ainda que eu cresça e meus galhos estejam altos, a uma distância maior deles... e que eles, minhas raízes, estejam parcialmente escondidas entre terra, folhas secas e acontecimentos de uma vida inteira, eu vou ter sempre a certeza que eles irão estar lá, sendo suficientemente meus, pra que eu me mantenha viva e feliz.
            Morar só foi a forma que Deus 'arranjou' pra que eu sentisse na pele, no coração, na mente...o que realmente me compõe, o que eu preciso de fato pra viver bem. Me mostrou, assim, o que me importa, o que me vale, o que eu devo valorizar a cada dia, a cada passo. Amo meus pais incodicionalmente. E hoje, mais que qualquer outro tempo, eu sei o quanto eles são preciosos. Deixo o post de hoje não só como uma recomendação a vocês, leitores, pra que procurem valorizar as pessoas importantes pra vocês a cada dia, mas também como uma homenagem, um agradecimento àqueles que me amam de verdade, sem restrições e sem falsidade.



sábado, 26 de março de 2011

"Quantos de nós vêem?"

           Vi essa frase pichada em um muro dos fundos de um terreno baldio. Confesso que passei o resto do dia, e da noite, e passou pro outro dia...e essa frase tá me intrigando até agora.
           Primeiro: quem escreveu isso? Segundo: com que intuito? Terceiro: será que a pessoa que escreveu é 'um dos que vêem'?
          Uma frase tão simples e tão sábia ao mesmo tempo. Centenas de pessoas a olham ali mas com certeza não a vêem. Quantos de nós somos capazes de irmos além do que nos é mostrado?

             Vemos milhares de coisas, pessoas, acontecimentos e fingimos não ver ou não damos a atenção suficiente. É como passar por um mendigo e não olhar nos olhos dele, por NÃO CONSEGUIR VER que naquelas condições, muito mais do que dinheiro, ele precisa de atenção. É como chegar em um local passar pelo porteiro e não desejar um bom dia, por NÃO CONSEGUIR VER que isso é um ato de respeito. É ver as catastrofes acontecendo e continuar de braços cruzados, por NÃO CONSEGUIR VER que nós fazemos parte de um todo, de um mundo, e que cada um tem que fazer a sua parte. É ver a vida passando velozmente, sem piedade, como uma onda forte percorrendo a areia e NÃO VIVÊ-LA INTENSAMENTE, por NÃO CONSEGUIR VER que ela é ÚNICA e breve.

       Abram os olhos para o mundo, para vocês mesmos. Nós só enxergamos aquilo que queremos. Afinal de contas, para os que 'vêem' o ditado se inverte: não é preciso ver pra crer, e sim CRER pra VER acontecer.


sábado, 12 de março de 2011

E o ano enfim começa!

Tradicionais bonecos gigantes
               Não é de hoje que o povo brasileiro adotou, quase que por unanimidade, a 'lei' que reza que o ano só começa após o carnaval. Apesar de parecer apenas mais uma invenção pra que se estenda o período de festas, isso não deixa de ser uma verdade, porque o ano comercial começa realmente depois do carnaval. É quando os preços são reajustados, as contas são feitas, quando o calendário de empresas é montado, e por aí vai.



Caverna do Dragão!

              Nunca acreditei muito nessa história. Não por querer 'começar o ano no começo', com pressa, mas por não ter vivido carnavais de fato. Meus carnavais sempre se tornavam mais um feriado, onde eu fazia uma viagem normal com a família pra lugares quaisquer - lugares estes que nem sempre faziam questão de transparecer o período carnavalesco. Mas dessa vez foi diferente. E como estrago só presta grande...hahaha, fui pra Olinda! E agora me junto aos que defendem que o ano comece apenas depois do carnaval, que a partir desse ano se fez uma data importante e que deve ser esperada ansiosamente e vivida intensamente! Aproveito para deixar registrado que fiquei fascinada com a participação tanto em quantidade quanto em envolvimento dos foliões em Olinda. Dava pra contar nos dedos os que não estavam fantasiados, e cada fantasia era mais criativa e melhor que a outra. Fora que em 3 dias que fui às ladeiras frevar não vi uma briga sequer. Quero mais carnaval, urgente!

Maracatu
"Faz vibrar meu coração
De amor a sonhar, minha Olinda sem igual
Salve o teu carnaval!"


Obs.: Estive ausente do blog durante esses dias de março, e isso criou uma lacuna sem postagens. Mas vou preenchê-la gradativamente, e sempre que postar algo novo - mas em datas anteriores - deixarei o link no post atual. ;)